Há uma pedra.

Não há caminho que me leve a ela.
Gigante rochedo de granito temperado de oceano
a pedra sempre lá.


Aprisco de fantasmas daqueles que a fizeram sua morada.

E o mar!? sempre a açoitar!

Revolto recôndito anil,
lar da sereia,
redil,
com o vento a pentear os cabelos

e tremular as vestes daquele que o horizonte mira
no anseio de apascentar a ira.


Fragatas em silencioso balé,
gaivotas a desafiarem a maré,
o tempo que já não existe
e o Sol que a tudo assiste...
e insiste...
e persiste ...
a queimar...

Onde?
Como chego lá?

Josué Gomes

2 comentários:

Charlyane Mirielle disse...

Te encontro alí junto ao mar, na pedra encantada,
com olhos de névoas e pés descalços...
A areia descansa sua alma e proteje seu vôo...
Os raios do sol aquecem sua pele e queima seu rosto.
Os ventos revoltos, uivam escondidos numa vontade negada.
Seu coração chora, seu corpo chama,
sua liberdade voa, seu pensamento ama.

Bom dia poeta...
Amo este poema, amo suas letras !
Beijo grande !

Nadia Rockenback disse...

Oi...
Em pedra firme, encontro flores.
Deixe que o mar as recolha...Em vendaval, em movimento... Em textos entrelaçados, em versos... Em criação... Em círculo, rochedo! rsrs

Bjos, querido amigo!